quinta-feira, agosto 27, 2009

Possível

E a cada esquina, tantas possibilidades
A cada escolha, inúmeras consequências
Vês aquel industrial? Poderias ser ele
Vês aquele mendigo? Aquele pai com a criança à mão?
A dama empoada que anda com pressa.
Poderiam ser qualquer um de nós.

Alguém salta dum prédio
Sentes sua dor?
É nossa também
Pois se somos o resultado de cada escolha feita
Outras escolhas resultariam em outras pessoas
Afinal, o que nos afasta daquela senhora
Ziguezagueando enquanto vira a esquina
Praguejando em voz alta contra sua má-sorte?

Isabelle
26/08/09

"Possível", ou "O que fazer durante uma aula tediosa de Brasil Império"
Alguém mais reparou o quanto tem sido recorrente nos meus poeminhas a temática da escolha, das possibilidades e da fragilidade do real?
Como historiadora que sou, não posso deixar de pensar que o passado tem total responsabilidade sobre o que somos. E como geminiana, nem um pouco predisposta a gostar de fazer escolhas, tenho que aceitar que não posso me isentar delas.
Sinceramente, não me agrada essa poesia, mas gosto da minha intenção inicial com ela, o que já é meio ponto. Realmente acredito que poderíamos ser qualquer outra pessoa, bastando para isso escolher um caminho ligeira ou drasticamente diferente.

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